Enfim a caneta tocava o papel. A tinta acariciava a folha e
as letras escorriam pelas linhas.
Os dias separados pareciam infindas eternidades. A mão
sentia falta de dançar nas metáforas e assonâncias. Os calos, cultivados por
anos, queriam fazer os dedos doerem. E cada um dos dedos não viam a hora de ser
doído.
A colisão de tantas palavras reprimidas faiscava e, então,
se fazia o fogo n'alma. Ardia e despia a mente. Suspiros... O alívio era tão
descarado quando a saudade fora antes do encontro. As estrofes se saciavam de
versos, os versos engoliam as rimas. Tudo se apressava para tardar, mas o
tardar corria para os braços de ninar do fim.
Nenhum comentário :
Postar um comentário